Quando viajo
Entrego-me às horas,
Às pessoas,
Cidades
E ao acaso da vida.
Sigo a multidão,
Analisando-a de perto
Embrenhado no seu éter social
E cafrealizando.
Por instantes,
Perco a identidade
E absorvo o mundo
Sorvendo os pequenos detalhes
Do quotidiano onde estou.
Ao fim do dia,
Regresso a mim
Aprendiz do empirismo
E aportado.
Quando viajo
Esqueco-me de mim
Entrego-me ao Mundo
Vivo assim.